sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

A erosão dos tempos e o fim da fauna e da flora


"As folhas de outono não caem porque querem
 é porque é chegou sua hora".As árvores também
 não são eternas. Tudo tem um princípio e um fim.

Minha natureza é envelhecer. 
Não há nenhum modo de escapar do envelhecimento.
Minha natureza é ter doença e saúde. 
Não há nenhum modo de escapar de ter doença e saúde.
Minha natureza é morrer.
 Não há nenhum modo de escapar da morte.

Tudo que desejo e todos a quem amo tem a natureza
da mudança. Não há nenhum modo de escapar da
mudança.
Minhas ações são meus únicos pertences verdadeiros. 
Eu não posso escapar das consequências de minhas
ações. Minhas ações são o solo onde estou.
Não sei... Se a vida é curta ou longa demais para nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Não seja nem curta nem longa demais
mas que ela seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar.
A Beleza da Velhice.
 O filho pequeno, com a curiosidade de quem ouviu
 uma nova palavra, mas ainda não entendeu seu
significado, perguntou à sua mãe:
- “Mamãe, o que é velhice? "
Na fração de segundo antes da resposta, ela fez
 uma viagem ao passado. Lembrou-se dos momentos
 de luta, das dificuldades, das decepções. Sentiu todo
o peso da idade e da responsabilidade em seus ombros.
Tornou a olhar para o filho, que, sorrindo, aguardava
uma resposta: 
      - "Olhe para o meu rosto, filho" , disse ela.
      - "Isto é a velhice".
      E imaginou o garoto vendo as rugas e a tristeza
em seus olhos. Depois de alguns instantes, o menino
respondeu
- "Mamãe! Como a velhice é bonita!"
"Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo,
assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

 Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e
frias e mortas; eu não tinha este coração que nem
 se mostra.
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa,
tão fácil: em que espelho ficou perdida a minha face?”
"Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo,
 assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias
 e mortas; eu não tinha este coração que nem se
mostra.
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa,
 tão fácil:em que espelho ficou perdida a minha face?”

“Só na velhice a mesa fica repleta de ausências.

Chego ao fim, ma corda que aprende seu limite
após arrebentar-se em música.
“Só na velhice a mesa fica repleta de ausências.
Chego ao fim, uma corda que aprende seu limite
após arrebentar-se em música.

Creio na cerração das manhãs.
Conforto- me em ser apenas homem.
 Envelheci, tenho muita infância pela frente”.
Bem-aventurados aqueles que compreendem
os meus passos vacilantes e as minhas mãos
 trêmulas.
Bem-aventurados os que levam em conta que
meus ouvidos captam as palavras com dificuldades,
por isso procuram falar-me mais alto e
pausadamente.
Bem-aventurados os que percebem que meus olhos
já estão nublados e as minhas reações são lentas.
Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando
não ter visto o café que, por vezes, derramo sobre a
 mesa.
Bem-aventurados os que sorriem e conversam
comigo.
Bem-aventurados  os que nunca me dizem:
"Você já me contou isso tantas vezes!"
Bem-aventurados  os que me fazem sentir
que sou amado e não estou abandonado,
 tratando-me com respeito.
Bem-aventurados os que compreendem quanto
me custa encontrar forças para aguentar minha
 cruz
Bem-aventurados os que me amenizam os últimos
 anos sobre a Terra.
Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam
 afeto e carinho fazendo-me, assim, pensar em Deus
quando entrar na Eternidade, lembrar-me-ei deles,
junto ao Senhor!

Amém!