quarta-feira, 10 de maio de 2017

De quem é a culpa

Por que razão gastamos mais do produzimos
 E cada vez devemos mais aos nossos credores?
A culpa é do pólen dos pinheiros dos azimos
A culpa é dos agricultores que pouco produzem
para os consumidores.

Dos patrões,juízes, médicos, padres e mineiros
Dos atores policias, que trabalham dias inteiros .
Dos militares,  dos carros de combate,submarinos
Dos jovens que não trabalham são meninos

Dos turistas que vagueiam pelas nossas ruas
Das 'strippers' que nunca se querem põr nuas
Da encefalopatia espongiforme espécie bovina
Do Júlio de Matos, do Conde Ferreira da Catarina

A culpa é das vaqcas, aves e porcos que têm HN1
Dos sem abrigo e ciganos que não fazem nenhum 
A culpa é das meretrizes que não pagam impostos, 
Que deviam também pagá-los  até pelos mortos 

 A culpa é dos muitos reformados e desempregados 
 Cambada de malandros e camafeus, excomungados,
 A culpa é dos jovens que não trabalham  com vida sã
 A culpa no principio foi da Eva que comeu a maçã.
 
A culpa é do Eusébio, que já não joga à bola, 
 A culpa é daqueles que não batem bem da tola.
 A culpa é da despesa dos putos da casa Pia
 Que que não estudam mentem de noite e de dia!....
 
A culpa é muitos traidores que emigram
 E dos patriotas pobres que ficam e mendigam.
 A culpa até pode ser do urso que hiberna

 Mas não será nunca de quem nos governa.

Médico e Escritor M.Torga

Miguel Torga usou este  pseudónimo
De Adolfo Correia Rocha, médico e escritor
Não quis usar o seu próprio ortónimo
Para ocultar que era  o Rocha Doutor.


Escreveu à margem das correntes literárias
Focou todos os temas bucólicos e altos nichos
Preferiu altos horizontes que extensões agrárias
Com a Roupa Manchada, Abismo e Bichos.


Na poesia: Ansiedade Tributo Abismo, Libertação
No teatro: Terra Firme e Mar e o Paraíso
Nas viagens: o Poeta, , Fogo Preso ,Traço de União.


Com a escrita retratou bem a vida  rural
Na prosa: a vindima o arto  Pão  Ázimo
Analisou todas as tarefas agrícolas sem igual

Guarda ambiental demasiado cumpridor

Um casal vai de férias para um hotel rural. O homem gosta de
 pescar e a mulher gosta de ler. Certo dia, o marido volta da pesca
no seu barquinho e resolve dormir uma soneca. Apesar de não
conhecer bem a lagoa, a mulher decide pegar no barco do marido e
 remar. Navega um pouco e põe-se a ler um livro no barco ancorado
 na margem do lago. Chega um guarda ambiental com seu barco,
pára ao lado da mulher e diz:
 - Bom dia, minha senhora. O que está a fazer?
 - Estou a ler um livro, como é óbvio! - Responde ela.
 - A senhora está numa área restrita em que a pesca é proibida.
- Lamento muito, mas não estou a pescar, estou a ler.
 - Sim, mas, a senhora tem todo o equipamento de pesca. Pelo que sei,
a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí
imediatamente terei de multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual.
- Mas eu nem  sequer lhe toquei!
- diz o guarda ambiental.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode
começar a qualquer momento!
- Tenha um bom dia, minha senhora! - diz ele e vai-se embora.
Moral da história:
Nunca discutas com uma mulher que lê, pois certamente que ela diz
o que pensa e pensa bem o que diz!