quarta-feira, 8 de setembro de 2010

EM PROL DO AMBIENTE

Segundo estimativas em Portugal circulam por dia uma média
de quatro milhões de veículos motorizados. Desde as últimas
décadas, o uso do automóvel particular em aumentou 50% nas
deslocações diárias em detrimento dos transportes públicos.
Os portugueses estão cada vez mais comodistas e
individualistas no uso do automóvel, em termos comparativos
com outros cidadãos europeus. O português habituou-se
deslocar-se sozinho no seu carro até nas pequenas deslocações:
para o emprego, os supermercados, locais de diversão e até
quando vão fazer uns treinos de preparação física a lugares
de curta distância! A verdadeira preparação física para estas
pessoas devia começar logo ao saírem de suas casas indo a pé.
O que seria uma espécie de dromoterapia, ou seja uma das
formas da fisioterapia.
Quem viajar pelo centro da Europa pode observar que se vêem
muitos homens, mulheres e jovens que usam a bicicleta, quando
se deslocam para os seus empregos e mesmo para fazerem
pequenas compras nos supermercados, adaptam um pequeno cesto
no suporte da dita bicicleta para transportarem as vitualhas.
Há já alguns dias encontrei uma senhora no LDL (Supermercado)
da Amora – Seixal, que estava a colocar as compras no cesto da
sua bicicleta, como achei tão esta estranha esta acção em
Portugal, que espicaçou de certo modo a minha curiosidade e
perguntei-lhe:
- A senhora é portuguesa?
- Não, sou holandesa.
Eu deduzi logo que não devia ser portuguesa, mas quis confirmar,
porque uma senhora portuguesa tinha vergonha de ir às compras
a um supermercado de bicicleta.
Os portugueses atingiram um status superior em relação aos
outros países mesmo os ocidentalizados, apesar de termos um
rendimento inferior “per capita”. Considerando o PNB (produto
nacional Bruto), em relação aos outros muito mais desenvolvidos
que nós. Mas tendo em linha de conta esse factor, estamos a
viver acima das nossas reais possibilidades económicas. O que
não será sustentável por muitos anos!
Considerando os gastos excessivos com os veículos e a grande
poluição que assola as grandes cidade e arredores. Os
ambientalistas têm sugerido o sistema de CARPOOLING OU
COVOITURE. Os trabalhadores que trabalham na mesma empresa,
que entram à mesma hora e os pais que levam os filhos às
escola ou a centros de recreio. Quer uns quer os outros
poderiam organizar-se e rodarem entre si essa tarefa de
transporte.
Para reduzir a entrada de veículos nas grandes cidades,
a Carris lançou em já em 2008 o Mobile CARSHARING, tal
como no Porto a TRANSDEV que alugam carros menos poluentes
à hora dentro da cidade, só pagam o tempo que andam. Podem
deixar o carro nas diversas paragens próprias que às vezes
estão próximas do local para onde se deslocou.
Estas ideias e outras do género bem articuladas poderiam
revolucionar o trânsito dos grandes centros urbanos. Assim,
os urbícolas e urbígenas respirariam um ar mais puro
dentro do seu habitat.

Sem comentários:

Enviar um comentário