sexta-feira, 14 de agosto de 2020

      Les  désirs de  Rafael

            

J’ai un chagrin que me dévore

A mon enfance ne pas avoir étudié

Je me considère un homme non réalisé

Sentiment douloureux qui je sens encore.

 

 Il me semble que le malheur me suit

On peut lire au fond de ma pensée.

Destin dur et pour moi chose insensé

J’ai de manger des détestables fruits.

 

 Je ne voulais richesse ni grands titres

Je désirais d´avoir  profession utile

Où je puisse être bon sincère arbitre.

 

 Comme un beau Abbé bien dédié

Où que je puisse travailler avec plaisir

Prêt à écouter, entendre et les autres aider.   

 

        O   PARECER  

 

 Não sou um homem sapiente culto,

Mas soube quase sempre o que disse.

Já detectei muita descascada parvoíce,

A gente intelectual de grande vulto.

 

 

Com boa presença e bem ataviados,

Parecem ser eles os donos da verdade.

O  aspecto exterior dá-lhes credibilidade,

Que deixam os mais incautos enganados.

 

 

Há quem se exiba com toda a altivez,

Diz o que sabe, mas não sabe o que diz,

Mas se o julgarmos pelo que é e fez.

 

 

Descontando-lhe os desvios e as falhas,

Mesmo que mudem de atitude e matiz,

Ainda podem ser maníacos e canalhas!

 

 

 

 Poema sobre a gerontologia


Os anos vão subindo e o tempo avança

Que é a natureza próprio da vida humana

O que começa, acaba amizades e esperança

Na velhice tudo nos confunde e engana


 O ser humano é forçado para a mudança

A idade altera funções e o pensamento

Todos entramos na nefasta contradança

Que nos traz declínio solidão e sofrimento

 

Acabam as alegrias, diminuem as paixões

 Mudam os hábitos e fisionomia e o retrato

Tudo muda na vida até as grandes ilusões

 

É a vida transitória comum a todos os seres

 Na partida para o Além apenas levam o fato

 Deixam tudo, a família, os amigos e haveres

Soneto sobre Rafael


Deixo-vos estes poemas parece impossível

Mesmo que talento não tenha nem sinta

 Em registá-los no papel branco a tinta

Expondo o algo de mim mais invisível


 Quero mostrar tudo que em mim habita

 Que partes da minha vida, fiquem escrita

 Em livros, internet, folhas, gravações ou fitas

 Para que analisem o meu ego e como cogita


Observem, sem criticarem sensações confusa

Chega de sofrimentos no físico e na alma

Deixem-me navegar abram todas as Eclusas


Não ponham mais abrolhos no meu caminho

Basta de tristezas, quero viver com calms

 E fazer o resto da viagem tranquilo, sozinho