sexta-feira, 11 de novembro de 2022

 

Hino dos Fuzileiros


Como outrora cruzámos os mares

agora lutámos em terras sem fim.

Almas fortes nas claras alvoradas

No mar nos rios no lodo e capim.

 

Nossas boinas são da cor das trevas,

 que rasgámos de noite com e sem luar.

 Negras trevas manchadas de sangue

de amigos mortos que ficaram além-mar.

 

Desfilai oh fuzileiros mortos e

 juntai-vos ao nosso cantar.

Há mil sonhos ainda a viver,

mil batalhas ainda por ganhar.

 

Recordai companheiros Bolama,

recordai Cantanhez e o Cacheu

onde um dia acendemos a flama

 que nos céus, da Guiné, se perdeu

 

E o Zaire ainda ao longe nos chama

 Chilombo pergunta se lembra nós.

Nessa Angola onde a dor se derrama,

 fomos sempre dignos dos nossos avós.

 

Moçambique nunca esqueceremos:

 Quanto sangue aí deixámos por ti!

 Do Zambeze às terras do lago Niassa,

Tua voz nos dizia “cheguei e venci”.

 

Quer na paz, quer mesmo na guerra

Há um orgulho de quem bem sabe ser

Bom marinheiro e Soldado na terra

que jurámos querer sempre defender.

 

Se nos chamarem estaremos ativos

 onde quer que nos mandem lutar.

Nossas almas  sem medo dos perigos

 nossas boinas de novo estarão ao luar

 

Como sempre gritemos “Presente”,

 como sempre marchemos a par.

Só tem pátria quem sabe morrer,

só tem pátria quem bem sabe lutar

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