Sabores e saberes de África Induzia-nos
a uma boa sitioterapia ou trofoterapia
Tudo começou em
Moçambique, onde por motivos
de serviço militar obrigatório, levaram -me para lá
com 21 anos de idade. Onde estive cerca de dois anos e
meio. E depois fui para outros países lusófonos, mas
antes da independência destes.
Foi, de facto, na capital de Moçambique
ex-Lourenço
Marques. Que há sessenta anos era uma urbe moderna,
que apreciei nos sabores e aromas de uma África lusófona
que, repartida agora por vários países.
Mas por continua, no entanto, temperada pela língua
comum
que é o português. E tão importante foi esse
primeiro
«encontro» que depressa
ele passou a ser uma
espécie de «ritual». A ponto de ter sentido de imediato o
desejo de conhecer outros comeres africanos falados em
português :
O chabéu degalinha e do pitche-patche de ostras da
Guiné-Bissau.
Às cachupas, cuscuz e cabrito com inhame de
Cabo Verde. Do marisco.
Frango à cafreal e vatapás e Moçambique. Às muambas,
mufetes e funje de Angola. Ou, ainda, à quiaça, calulu de
peixede São Tomé e Príncipe. Com a curiosidade de, sempre
que necessário, muitos
deles conseguirem conciliar a
valorização dos produtos locais com eventuais
limitações.
A esse prazer foi-se juntando, entretanto, o
desejo de
mais e melhor entender
a riqueza dessa gastronomia:
através da leitura de algo já publicado ou
que, então,
se foi publicando; do colecionar de receitas
dadas por
amigos ou familiares lá nascidos, que lá
viveram ou
que por lá passaram alguns anos.
Eu não sou um CORDON-BLEU!
Mais j´aime manger bien et avec un vin exquis
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