Este é o livro mais antigo da Língua .Sacramental Portuguesa
e tem 530 anos
É o livro impresso mais antigo escrito em
português foi produzido em Chaves, no
Norte de Portugal.
Uma verdadeira joia da Língua Portuguesa
livro impresso em Portugal na língua
portuguesa não foi
produzido em grandes cidades como Lisboa,
Porto, Braga
ou Coimbra. O livro impresso mais antigo
em português foi
produzido em Chaves, uma pequena cidade
no norte de
Portugal. Para quem desconhece a
história desta pequena
cidade, será difícil perceber as razões pelas
quais terá sido
aqui que o primeiro livro português foi
impresso em Chaves.
primeiras de Portugal), o que atesta a dimensão e a
importância desta pequena cidade transmontana.
A impressora inventada por Gutenberg (veja no capítulo
anterior) trouxe o surgimento da técnica conhecida
como
“tipografia”. O primeiro livro impresso
tipograficamente foi
a Bíblia, em latim. A confiabilidade no texto e a
capacidade
do livro
atender à demanda de um público cada vez maior
tornou-se
dependente da tipografia. Em Portugal, a novidade
chegou no
início do reinado de D. João II, que governo o
país de 1481
até sua morte em 1495. O primeiro livro
impresso em Portugal foi o Pentateuco (os cinco
primeiros
livros do Velho
Testamento, da Bíblia), na cidade de Faro,
mas com caracteres hebraicos. Não se sabe com exatidão
qual foi o
primeiro livro realmente publicado em língua
portuguesa, mas
muitos estudiosos consideram que tal
livro tenha
sido “O Sacramental”, de Clemente
de Verácia.
Ponte de Trajano (Chaves) – Fernando Ribeiro
O que se tem como informações concretas sobre
“O Sacramental” é que sua primeira edição foi impressa
em 1488 na
cidade de Chaves, mas o autor não
era português. Ele era um padre de León, uma província
da Espanha. O livro Sacramental foi escrito por
e Sanches de Verácia. um clérigo leonês que viveu
entre
o século XIV e
o XV e que escreveu várias obras
religiosas e
moralizantes. A primeira impressão
portuguesa terá ocorrido em Chaves em 1488. O seu
Sacramental foi
um dos livros mais lidos durante o
século XV,
tendo sido proibido pela Inquisição no
século XVI e consequentemente queimado. Teve
várias edições impressas em língua castelhana e
portuguesa. Descubra o livro mais antigo da língu
portuguesa.
Chaves O Sacramental de Clemente Sanches de Verácia,
obra pastoral redigida entre 1421 e 1425 em língua
castelhana,
depois dos livros destinados ao ofício
religioso, foi o livro mais impresso na Península
Ibérica, desde a introdução da imprensa até meados
do século XVI. A primeira impressão portuguesa terá
ocorrido em Chaves em 1488, mas não existem provas
concretas que suportem esta tese. O incunábulo do
Sacramental
impresso em Chaves é considerado por
alguns «o
primeiro livro em língua portuguesa
impresso em Portugal».
Sacramental Segundo Vindel, teria sido o primeiro
livro impresso em Espanha; cerca de 1470 em Sevilha.
Foi traduzido para o catalão – Lo sacramental –
em Lérida, 1495. Conhecem-se treze edições em
castelhano, uma em catalão e quatro em português.
Das edições em português, duas foram impressas no
século XV
(Chaves, 1488 (?); e Braga (?), ca.
1494-1500 e duas no século XVI (Lisboa, 1502; e
Braga, 1539).Sacramental.
O Sacramental é um depositário da forma como
deve viver o homem medieval, tratando a alimentação,
as relações
familiares, as relações sociais, a relação
com Deus, o trabalho, o descanso, a saúde, a doença
e a sexualidade, o que faz dele um documento
indispensável
para o estudo da sociedade medieval
portuguesa.
Assim começa o livro:
E por quanto por nossos
pecados no tempo de
agora muitos sacerdotes que hão curas de almas
não somente
são ignorantes para instruir e ensina
a fé e crença e as outras cousas que pertencem
à nossa salvação, mas ainda não sabem o que
todo bom
cristão deve saber nem são instruídos
nem ensinados
em a fé cristã segundo deviam, e
o que é mais
perigoso e danoso, alguns não sabem
nem entendem
as Escrituras que cada dia hão-se ler
e trautear.
Eu Clemente Sanches de Verácia, bacharel em leis,
arcediago de Valdeiras em a igreja de León,
ainda que pecador e indigno, propus de
trabalhar
de fazer uma
breve compilação das cousas que
necessárias são aos sacerdotes que hão curas
de
almas,
confiando da misericórdia de Deus.»
Sem comentários:
Enviar um comentário