segunda-feira, 2 de julho de 2012

Hodiernamente,Camões começaria "Os Lusiadas" assim:

I

Agora os ditos de barões todos inchados
Eleitos por uma simples plebe lusitana
Que há 37 anos que estão bem instalados
Fazendo aquilo lhes dá só na real gana
Nos poleiros do poder bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se daqueles quanto proclamaram
Em campanhas, todos eles nos enganaram!

II

E também as muitas jogadas habilidosas
Daquelas tais que estão sempre amealhando
Grandes contas bancárias ignominiosas,
De bragança ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas mais valiosas
Desprezam aqueles que de fome chorando!
Eles louvam os cleptos que têm mais arte,
Esta falta de vergonha é o seu baluarte!

III

Podem falar da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa já deram;
Calem-se aqueles que por muito engano
Votaram nestes politicos que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
Crápulas com a politica enriqueceram
Com uma prática de trafulhice tanta
E continuam à solta e não me espanta.

IV

E vós, ninfas do Rio Sabor onde eu nadei
Por quem sempre senti carinho ardente
Levai politicos com a sua favorecida lei
E concedei-me mais engenho à minha mente,
De modo a que eu possa, convosco contar,
Desmascarando de uma forma bem eloquente
Quem já traz no ADN o desejo de explorar
E acabar com governação perene indecente!






1 comentário:

  1. Portugal dos políticos aldrabões
    Lixados os heróis de Abril
    Apoderaram-se de todos os tostões
    Desconhece-se de muitos o seu perfil!

    Fazem o que lhe dá na gana
    Não assumem os erros cometidos
    Todo o político o povo engana
    Na Assembleia aos berros e aos gritos!

    Boa quinta-feira para ti, amigo Rafael. Esta dos barões todos inchados está muito boa!

    Um abraço
    Eduardo.

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