O CALDO VERDE EVITA
CANCRO !
Muita gente sabe que o caldo verde é uma sopa de couve portuguesa,
tipicamente do norte de Portugal Continental, mas muito
divulgada por todo o país.
Couve é o nome genérico que se usa para
descrever uma grande família de hortaliça
caracterizada por folhas largas, esverdeadas e muito ricas em
nervuras, fibra e vitaminas.
Existe uma variedade de
couves: couve galega, couve lombarda, couve crespa, couve
penca, couve tronchuda, couve bastarda, couve repolho, couve
bróculo roxo, couve bróculo branco e até couve flor!
Mas a couve preferida para se
fazer o caldo verde, como deve ser, é a couve chamada galega,
muito cultivada na Província do Minho em Portugal.
A receita do
caldo verde é muito simples: água, sal, batata ralada, couves cortadas
às tiras fininhas, azeite português e mais nada!
No entanto, há muitas donas de casa que não sabem cozinhar
o caldo verde como deve ser.
Não fazem caldo verde para os
seus familiares por que dá muita maçada a cortar as couves às tiras
muito fininhas... Mas talvez a razão principal seja por as pessoas pensarem que
o caldo verde por ter tantas couves não tem nenhum valor nutritivo, não
presta para nada!
Como estais enganados!
Se vos disser que de todos os cozinhados tipicamente
portugueses o caldo verde é o melhor para a nossa saúde?
Que pensais se vos disser, como
médico, que o caldo verde evita o cancro?! E se vos disser que o caldo
verde evita os ataques do coração por reduzir no sangue o colesterol, pensais
que é fantasia!? E se vos disser mais: que o caldo verde evita as
pedras na vesícula e evita as hemorróidas?!
É caso para perguntardes: se isso
é verdade, porque é que levou tanto tempo a descobrir que o caldo verde é tão
milagroso ?!
DOUTOR
BURKITT
Na década de
setenta o famoso médico inglês Burkitt chefiou um grupo de médicos da
Grã-Bretanha que foram para a África Central estudar as diferenças
entre as doenças que existem na selva e na zona metropolitana de Londres.
Depois de estudos muito apurados
o Dr. Burkitt veio a descobrir que existe no continente africano um
tipo de cancro diferente que é causado por um vírus. Esta
descoberta foi sensacional porque provou-se, pela primeira vez, que
certos tipos de cancro podem ser causados por vírus.
Em honra desta descoberta o
mundo médico mundial passou a chamar a este tipo de cancro:
Linfoma não-Hodgkin de Burkitt.
Revelo esta informação médica a respeito do Dr.
Burkitt para os leitores melhor apreciarem o calibre das
observações que a equipa do Dr. Burkitt veio a registar no que diz
respeito às diferenças que existem entre a dieta dos
nativos africanos e a dieta do povo londrino.
Primeiro os médicos ingleses
verificaram que os nativos nunca tinham prisão de ventre, não contraiam
cancro do recto, não tinham ataques do coração, não sofriam de hemorróidas,
nem apendicite aguda!
Surpreendidos com estes factos os
médicos britânicos constataram que os nativos africanos defecavam
durante 24 horas, um volume, QUATRO VEZES maior do que qualquer cidadão
inglês!
Admirados com este achado, os
mesmos médicos prosseguindo com as suas pesquisas concluíram que a diferença
dramática de saúde entre o povo inglês e os nativos em África se devia ao
facto dos africanos comerem NOVENTA POR CENTO de ALIMENTOS
RICOS em FIBRAS VEGETAIS, que não chegam a ser absorvidos no
intestino e saem nas fezes praticamente intactos, aumentando assim o
volume fecal, evitando portanto a prisão de ventre!
Nos últimos anos mais de mil
especialistas em todo o mundo têm publicado artigos em jornais e
revistas médicas sobre as observações da equipa médica do Dr.
Burkitt, CONFIRMANDO que os alimentos melhores para a nossa saúde são aqueles
que têm mais fibras vegetais não-reabsorvíveis e que nos obrigam
a visitar mais vezes a sanita ...
Eu tive oportunidade de ouvir uma
conferência sobre este assunto pelo Dr. Burkitt, há vários anos,
no Hospital de Roger Williams, em Providence, Rhode
Island, na qual o famoso médico usou esta frase bombástica:
"É MAIS IMPORTANTE SABERMOS O VOLUME DAS FEZES DIÁRIAS DUMA PESSOA
DO QUE O VALOR DO SEU AÇÚCAR OU DO SEU COLESTEROL !"
BENEFÍCIOS
DO CALDO VERDE
Para apreciarmos as maravilhosas qualidades do caldo
verde temos que primeiro analisar o nosso aparelho digestivo.
Qual é o comprimento do nosso tubo digestivo? Qual é a distância
que vai da boca até ao ânus?
Resposta: O comprimento do nosso
tubo digestivo é quase SETE vezes a altura de cada pessoa! Deste modo se um
homem tem de altura um metro e meio, o seu tubo digestivo possui DEZ METROS
de comprimento! É igual à mangueira de regar o
quintal!...
Agora compreendemos melhor porque é que a Natureza exige
que a nossa alimentação contenha 90 por cento de alimentos com fibras
vegetais que não sejam reabsorvidas.
É preciso que a nossa alimentação
contenha substâncias que não desapareçam, que não sejam reabsorvidas, no
percurso do tubo digestivo, porque de contrário não chegará nada
ao fim do canal que tem em média mais de dez metros de comprimento...
Analisemos agora o conteúdo do caldo verde:
COUVES - As couves são a parte mais importante
do caldo verde porque são muito ricas em fibras não-reabsorvíveis. Além
disso as couves são muito ricas em vitamina A e complexos B
(tiamina, riboflavina e niacina). Possuem também cálcio, ferro,
fósforo, potássio, mas têm poucas calorias.
AZEITE -- O azeite deve ser português porque é muito
rico em ácidos não-saturados que fazem baixar o colesterol mau.
BATATA -- serve para amaciar, tornar mais homogéneo o sabor do
caldo verde e o seu valor calórico não está fora de ordem.
ÁGUA QUENTE -- A água quente do caldo verde é muito importante, porque
faz funcionar muito melhor os sucos digestivos e os fermentos ou
enzimas do aparelho digestivo. A água quente faz descontrair os
esfíncteres ou válvulas do aparelho digestivo, estimula a contracção normal
da vesícula biliar e relaxa o estômago e os
intestinos delgado e grosso, tornando a nossa digestão agradável e
saudável.
SAL-- Não deve ser exagerado. Só o preciso! e usar apenas o SAL MARINHO Integral de 1ª. - SAL Tal
& Qual ---- das salinas.
CHOURIÇO
-- O chouriço - para ser cortado às rodelas e pôr no caldo verde --
deve ser cozido à parte para se deitar fora a água porque esta
contem os produtos cancerígenos do chouriço devido ao
processo de ter sido defumado.
BROA -- A broa
deve ser à moda portuguesa feita com o farelo e farinha de
milho como se coze na nossa terra.
Quem comer uma malga de caldo verde todos os
dias não tem prisão de ventre!
Quem não tem prisão de ventre não tem hemorróidas! Por outro
lado uma pessoa fazendo as suas necessidades diariamente, o fígado é
obrigado a produzir mais bílis e a vesícula a expelir mais sais
biliares para untar a tripa por dentro para que os alimentos deslizem
melhor.
Deste modo, saindo mais bílis (rica em
colesterol) para o exterior através das fezes, dá-se uma
baixa de colesterol no sangue, diminuindo os riscos de ataques cardíacos e de
pedras da vesícula (compostas por colesterol)! O caldo verde faz também com
que a pessoa emagreça e se torne mais saudável e mais feliz.
CANCRO DO
CÓLON
Tem-se verificado uma relação directa entre a
prisão de ventre e o cancro do cólon ou do intestino grosso. Porquê?
Porque quando há prisão de ventre as fezes ficam paradas no intestino grosso,
ou cólon e assim os produtos tóxicos contidos nas FEZES RETIDAS
bombardeiam as células da mucosa intestinal de tal maneira que com
a REPETIÇÃO deste processo desencadeia-se o princípio
do cancro do cólon ou do intestino grosso que é uma doença terrível !
Como contra prova dos
estudos que a equipa do Dr. Burkitt observou em
África, deram-se aos nativos africanos
dietas iguais à que os ingleses e americanos usam com McDonalds,
"ice cream" ou sorvetes, pizzas, lasanhas, batatas fritas, etc.
Inverteu-se a dieta: em vez de 90 % de dieta com vegetais os nativos
africanos passaram a ter uma dieta de SÓ DEZ por cento de
vegetais.
Resultados: Os nativos
começaram a engordar, o colesterol começou a subir, passaram a ter prisão de
ventre e a desenvolver hemorróidas como os ingleses e os americanos!
Parece incrível, mas é
verdade! No fim do século XX são os povos primitivos a ensinar ao homem
civilizado, ao homem dos produtos sintéticos e das pastilhas qual é a
alimentação mais saudável!
Há mais de 40 anos visitei as Termas de Melgaço no Norte
de Portugal. Estas termas são especialmente dedicadas a doentes
diabéticos, cardíacos e renais.
Observei então que fazia
parte do tratamento obrigatório, a todas as refeições diárias, um
grande prato de caldo verde.
E todo o doente que quisesse
comer fora das três refeições só podia comer mais outro
prato de caldo verde! O certo é que todos os doentes melhoravam das
suas enfermidades!
Ainda hoje em Coimbra
quando os estudantes fazem uma farra ou há uma reunião de curso e se come
e se bebe exageradamente ... Depois duma bela
guitarrada, à meia noite, serve-se sempre um caldo verde -- bem
quente -- para "limpar e acalmar as entranhas"...
Quando tiver uma festa
grande em sua casa faça o mesmo: ofereça aos seus convidados um caldo verde
para despedida e para terem boa viajem !...
RECEITA DO
CALDO VERDE À MODA DE VALENÇA DO MINHO
Dois litros de água; 4 colheres de sopa de azeite
português; 750 gramas de batatas; 1 ou 2 couves galegas conforme o tamanho;
sal; 1 chouriço (cozido à parte); broa.
TÉCNICA: Deita-se a água numa panela com o
azeite e as batatas descascadas cortadas em 4 pedaços. Põe-se sal
quanto baste e deixa-se ferver. Quando as batatas estiverem cozidas, tiram-se
e passam-se por um passador. Voltam à panela para apurar. Entretanto
cortam-se as couves em tiras o mais fino possível. Lavam-se e deitam-se
na panela QUINZE minutos antes da sopa ser servida, deixando a panela
ferver DESTAPADA.
Serve-se o caldo
verde em tigelas de barro, com uma rodela de chouriço e um bocadinho de
broa.
Como já se encontram à venda na Nova
Inglaterra as deliciosas sardinhas portuguesas congeladas, pode ser que algum
dia algum comerciante se lembre de fazer coisa semelhante e nos
mande as couves galegas já cortadas às tirinhas em caixinhas
congeladas, prontas a meter na panela, para saborearmos, mesmo
durante o Inverno severo na América, o nosso genuíno caldo
verde!
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