sexta-feira, 3 de julho de 2009

Muitas casas da minha Frequesia

Após a morte dos seus avós e dos seus pais
Os filhos e netos abandonaram suas casas
Voaram para outros lugares com novas asas
Onde arrajaram condições melhores e reais


Hoje, vêem-se muitas dessas casas em ruína
Ainda cheias de mobílias pôdres amontoadas
De heras e de espesso musgo, assim forradas
Bem encapadas de teia de aranha muito fina


Vêem-se telhados com telhas escaqueiradas
A madeira das portas e janelas já apodreceu
Paredes interiores e exteriores esburacadas


Creiam que mete dó tantas casas abandonadas
Ali não há vestígios vivos de quem lá viveu
Só as roseiras, que agora, são roseiras bravas.

1 comentário:

  1. Bonito soneto, amigo Rafael.
    Destes gostaria eu de escrever, mas tal coisa não se aprende, nasce connosco.
    Já não é mau poder ler os que tu escreves.

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