terça-feira, 8 de abril de 2014

Sou já um geronto!

Constantemente criticam-se as pessoas mais
velhas por não se adaptarem ao mundo moderno.
Mas foi a minha geração que revolucionou as
ciências tecnológicas em todos os domínios , mas
em especial nas comunicações. A minha geração é
responsável e criadora. Não culpamos os outros
pelos nossos fracassos, como faz hodiernamente a
juventude.
Aqueles que criticam os velhos estão a desfrutar de
bens criados por nós em todos os domínios.
Os jovens que criticam hoje os velhos não vão
fazer nem metade para os seus vindouros em
relação ao que nós fizemos para eles.
Depois determos vivido uma revolução sexual, de
 nos havermos revoltado contra certos valores 
tradicionais e de havermos dançado ao som das 
músicas dos Beatles e dos Rolling Stones...
Não fomos nós que eliminamos:
A melodia da música
O talento e a criatividade das obras artísticas
A boa voz na hora de cantar.
O orgulho pela aparência exterior.
A cortesia no falar…
O romance nas relações amorosas.
O compromisso do casal.
A responsabilidade da paternidade.
A união da família.
A aprendizagem e o gosto pela cultura.
O sentimento de patriotismo.
O mundo cão e e grosseiro
O bom comportamento intelectual.
O refinamento da linguagem.
A dedicação à literatura.
A prudência na hora de gastar.
A ambição por querer ser alguém na vida nem
tão pouco tiramos Deus do governo, das escolas,
dos hospitais e da nossa vida.
O respeito pelos outros, mormente às mulheres e aos
anciãos; e também não fomos nós que eliminamos a
paciência e a tolerância das nossas relações pessoais,
nem das nossas interações com os demais.
De facto, que somos pessoa s mais velhas! Que
cumprimos com as nossas obrigações no trabalho
e não exigimos mais do que produzimos como
agora acontece.
E faço questão de chegar a casa a uma hora decente
e de forma adequada.
Todavia, posso rir-me certas críticas sem nexo
Mas não penses que me tornei um velho resmungão,
casca grossa, intransigente e insolente.
Simplesmente, acho que tenho idade para dizer que
há coisas que já não me agradam…
Já não gosto dos engarrafamentos no trânsito, nem
das multidões, nem da música alta, nem das crianças
que gritam, nem dos cães que latem, nem de tantas
outras coisas que agora não me lembro.
Mas tenciono continuar desfrutando da minha vida,
respeitando os outros e desejando que os outros me
respeitem.
O certo é que aquele ou aquela a que lerem este
artigo, também entoou canções de protesto, fez
algumas coisas não tão santas e acabou dançando
ao som dos Beatles e dos Rolling Stones.




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