Uma
história que que um meu amigo Taxista me contou.
Há
já três dezenas de anos que ele ganhava a vida como
motorista de táxi. Os passageiros embarcavam
totalmente
anónimos. E, às vezes,  contavam-lhe 
episódios
de suas vidas, suas alegrias e 
suas
tristezas.
Encontrou
pessoas que  o surpreenderam. Mas, 
NENHUMA
como naquela noite de Julho. 
Recebeu
 uma chamada vinda de um pequeno prédio 
de tijolinhos,
em uma rua tranquila,num
bairro
pobre.
pobre.
Quando
chegou ouvia cachorros latindo longe.
 O prédio estava
escuro, com exceção de uma 
única lâmpada acesa numa janela do rez-do chão.
Esperou cerca 20 minutos.
única lâmpada acesa numa janela do rez-do chão.
Esperou cerca 20 minutos.
Nestas
circunstâncias, outros teriam buzinado duas 
ou
três vezes, esperariam só um pouco e,então,
iriam embora.
iriam embora.
Mas,
ele sabia que muitas pessoas dependiam de táxis
 como
único meio de transporte a tal hora. 
A
não ser, portanto, que a situação fosse
claramente 
perigosa, ele  esperava quase sempre o tempo que 
fosse que necessário.
Este
passageiro pode ser alguém que necessita de 
ajuda",
pensou. Assim,  foi até a porta e bateu
"Um
minutinho", respondeu uma voz fraca e idosa. 
Ouviu
alguma coisa ser arrastada pelo chão... 
Depois
de uma pausa longa,  a porta abriu-se. Viu-se 
então diante de uma senhora bem idosa, pequenina
 e de frágil
aparência.
Usava
um vestido estampado e um chapéu bizarro 
daqueles
usados pelas senhoras idosas nos filmes 
da década de 30! E 
equilibrava-se numa bengala,
 enquanto segurava com dificuldade uma
pequena
 mala.
Dava
para ver que a mobília estava toda coberta com
 lençóis.
 Não haviam relógios, roupas ou adornos
 sobre os
móveis. Num canto jazia uma
caixa aberta 
com fotografias e vidros.
A
velha senhora, esboçando então um tímido sorriso 
de quem havia já perdido todos os dentes, pediu-lhe:
“O
senhor poderia me ajudar a levar   a mala?
Ele
pegou na mala e ajudou-a caminhar lentamente até 
o
carro. E enquanto se acomodava ela ficou-lhe 
agradecendo.
Não
é nada, apenas procuro tratar meus 
passageiros do modo que gostaria que tratassem
minha velha mãe”.-" Oh!, você é um bom rapaz!"
passageiros do modo que gostaria que tratassem
minha velha mãe”.-" Oh!, você é um bom rapaz!"
Quando
seguimos viagem, deu-lhe um endereço e pediu: 
-"O
senhor poderia ir pelo centro da cidade?" 
-"
Aquele não era trajeto mais curto", alertou-a
prontamente.
Eu
não me importo. Não estou com pressa. 
Meu
destino é o último, o asilo dos velhos".
Surpreendido,
ele olhou-a pelo retrovisor.
Os
olhos da velhinha brilhavam marejados.-"
Eu não
 tenho mais família e o médico  disse-me 
que tenho 
muito pouco tempo de vida!"
Disfarçadamente
desligou o taxímetro e perguntou-lhe:  
-"Qual
o caminho que a senhora deseja que eu tome?"
Aquelas
horas da noite  podia-se andar bem por toda a 
cidade.
Ela mostrou-lhe o edifício onde ela tinha 
trabalhado como
mulher-a-dias, em certa ocasião.
Nós
passamos pelas cercanias do Centro Cívico, em 
que ela e o esposo tinham vivido como recém-
casados.
que ela e o esposo tinham vivido como recém-
casados.
E
por um restaurante onde ela e o marido 
 comemoraram Bodas de Ouro.
Ela
pediu-lhe que passasse em frente da Casa do 
Alentejo  onde  ia
a  dançar  quando era quando era
mocinha. 
E
assim rodaram a noite inteira.
Passaram
por parques, praças, restaurantes, tudo o 
que vinha
vindo na imaginação da querida velhinha.
Quando
o primeiro raio de sol surgiu no horizonte,
ela disse de repente:"Estou cansada e pronta.
Vamos agora!"
ela disse de repente:"Estou cansada e pronta.
Vamos agora!"
Seguiram,
então, em silêncio, para o endereço que
 ela havia
lhe dado. Chegaram  uma pequena casa
 de repouso.
Duas
funcionárias vieram até ao táxi, assim que
 pararam.  Eram amáveis e atentas e logo se 
acercaram da velha
senhora, a quem pareciam 
esperar. 
Ele
abriu a mala carro e levou-a  até a porta. 
A senhora,
já sentada em uma cadeira de rodas, 
perguntou-lhe então,
quanto é o preço  da corrida?
Quanto
lhe devo?", ela perguntou-lhe, pegando
 na bolsa.
Nada!",
disse ele -" Você tem que ganhar a vida,
 ainda é um
 jovem”
-"
Há outros passageiros que pagam", respondeu.
- Mas ela insistiu, disse que não precisava mais de
- dinheiro, e colou 1000$00 Escudos, no bolso
- da camisa dele.Ele não queria aceitar, mas ela
- foi incisiva ao extremo, e quase sem pensar,
- curvei-me e deu-lhe um abraço. Ela envolveu-o
- comovidamente e devolveu-lhe com um beijo
- afetuoso e repleto da mais pura e genuína
- gratidão e disse:
O
senhor deu-me nesta viagem, bons momentos 
de alegria, como não
tinha há tanto tempo. 
Visitamos não só lugares, mas momentos que eu
vivi.
Só Deus é quem sabe o quanto você fez por mim.
Obrigada,MEU AMIGO! Mil vezes obrigada.”
Visitamos não só lugares, mas momentos que eu
vivi.
Só Deus é quem sabe o quanto você fez por mim.
Obrigada,MEU AMIGO! Mil vezes obrigada.”
Apertou-lhe
a mão pela última
vez e caminhou até o 
carro e começou  chorar, e
pensar como vivemos
e ao que damos valor se daqui não levamos nada!
e ao que damos valor se daqui não levamos nada!
Atrás
de mim, uma moça fechava o portão, e eu 
avistava,
avistava,
 a ela e outros velhinhos repousando em cadeiras.
 Era como o som do
término de uma vida...Naquele
 dia não  quis transportar
mais passageiros. 
Cinco
dias depois, tomou coragem e voltou à casa 
de repouso para ver como estava a sua nova
amiga e quem sabe passear com ela de novo. Mas
disseram-lhe,então, que na noite anterior, seu
coração tinha parado durante a noite, e ela
adormecera para sempre, em paz e feliz.
de repouso para ver como estava a sua nova
amiga e quem sabe passear com ela de novo. Mas
disseram-lhe,então, que na noite anterior, seu
coração tinha parado durante a noite, e ela
adormecera para sempre, em paz e feliz.
Em
geral, condicionamos a pensar  em nossas vidas 
em objetivos e o futuro, mas ela gira em grandes
momentos.
em objetivos e o futuro, mas ela gira em grandes
momentos.
 Todavia, os
GRANDES MOMENTOS frequentemente nos
 pegam desprevenidos
e ficam guardados em 
recantos que quase todo mundo considera sem
importância.
recantos que quase todo mundo considera sem
importância.
AS
PESSOAS PODEM NÃO LEMBRAR-SE EXATAMENTE 
O QUE VOCÊ FEZ,
OU O QUE VOCÊ DISSE.
MAS,
ELAS SEMPRE  SE LEMBRARÃO
COMO VOCÊ AS
 FEZ SENTIR FELIZES PORTANTO,  VOCÊ
 PODE FAZER 
A DIFERENÇA. PENSE
BEM NISTO;CÊ AS FEZ SENTIR-SE
OS
IDOSOS DE HOJE, SOMOS NÓS AMANHÃ.
última
vez e caminhou até o carro.  Emocionou-o e
chorou ao pensar como vivemos e ao que damos valor.
chorou ao pensar como vivemos e ao que damos valor.
 
 
 
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