Eram celas desprezíveis mal forradas
Dentro muito frias, húmidas e escuras
Com frestas pequenas grades seguras
Portas só para entrar, logo fechadas
Paredes largas, imundas e rabiscadas
Bacias e as sanitas feitas de cimento
De igual matéria a cadeira ou assento
Mesas de pedras rústicas e quebradas
Visitas familiares e amigos não viam
Os visitantes frequentes eram os ratos
Com quem os presos ali conviviam
Iam pelos buracos das paredes e do chão
Quando eram perseguidos pelos gatos
Ou iam ajudar-lhes comer a má ração
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